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Dois grandes milagres da Virgem de Fátima: rotação do sol e libertação da Áustria

Posted by pmkmkd em novembro 11, 2006

Cruzada Reparadora do Santo Rosário, com uma Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima, obteve autêntico milagre em maio de 1955:a evacuação das tropas russas do território austríaco.

Carlos Eduardo Schaffer

Viena – Diante da grave decadência­ da fé e dos costumes, notável já no início deste século, apareceu Nossa Senhora no ano de 1917, em Fátima.

Essa aparição teve por finalidade pedir ao mundo, através de três pastorinhos, o arrependimento dos pecados cometidos, a mudança de vida, a penitência e a oração.

Se estes pedidos fossem atendidos, o mundo teria paz. Caso contrário, viriam novas guerras, a Igreja seria perseguida, o Santo Padre teria muito que sofrer, muitas nações desapareceriam.

Para comprovar a veracidade de Sua Mensagem, a Mãe de Deus operou, na última aparição, em outubro de 1917, portentoso milagre, testemunhado por milhares de pessoas presentes em Fátima e nos arredores: o sol começou a dançar no céu, causando a impressão que iria se precipitar sobre a Terra.

Após esse prodígio, nenhum outro milagre operado pela Virgem de Fátima teve a transcendência de um acontecimento pouco realçado da História contemporânea: a inexplicável (em termos meramente naturais) retirada das tropas soviéticas da Áustria, mediante o Tratado que reconheceu a independência do país, firmado em 15 de maio de 1955. Portanto, há 43 anos.

Humanidade pecadora não atende pedidos de Nossa Senhora

Dolorosamente devemos que constatar está prevalecendo a segunda hipótese.

A decadência dos costumes acelerou-se vertiginosamente desde então, tendo como conseqüência um catastrófico afastamento dos fiéis em relação aos Mandamentos da Lei de Deus.

E a crise interna da Igreja dá sinais de uma iminente nova grande apostasia, de proporções talvez maiores do que a revolução protestante do século XVI. Isso é tanto de se temer, quanto em diversos países vêm eclodindo casos de rebeldia pública de Bispos contra Roma.

Os castigos por esses desvios vão sendo registrados pela História.

Além da Segunda Guerra Mundial, o mundo tem sido constantemente abalado por guerras locais ou por revoluções internas, em países dos cinco continentes. O total de vítimas, somente das revoluções, já é mais de cinco vezes superior ao da última Grande Guerra.

As perseguições à Igreja nos países muçulmanos é cada vez mais intensa, sendo responsável por milhares de martírios. Em toda a Europa os adeptos radicais do Islã vão conquistando terreno e ameaçam, num futuro não muito distante, dominar países como a Espanha, a França, a Alemanha e a Itália. E não encontram neste avanço nenhuma resistência séria.

Não são poucas as pessoas que já vêem se acumular no horizonte as nuvens sombrias da ameaça de uma nova guerra mundial, que poderá eclodir a partir de uma crise no Oriente Médio. Ou de uma reação inesperada dos militares comunistas, ainda instalados no exército russo, contra a crescente influência das nações ocidentais nos países antes dominados pela ex-União Soviética. Ou ainda de outras causas que, no rumo caótico dos acontecimentos atuais, podem surgir em qualquer parte do globo de um momento para o outro.

Esta é a triste situação em que nos encontramos. Entretanto, o que poderia ter acontecido se os pedidos de Nossa Senhora feitos em Fátima tivessem sido atendidos?

Na história da pequenina Áustria de depois da Segunda Guerra Mundial parece ter querido a Providência Divina nos mostrar os benefícios que estava disposta a conceder à humanidade, se esta tivesse levado em conta os apelos da Santíssima Virgem.

No pós-Guerra, lamentável situação da Áustria

Com a anexação da Áustria à Alemanha nazista em março de 1938, ficaram os destinos dos dois países intimamente unidos. As devastações causadas pelos exércitos alemães, ao qual se incorporaram os contingentes austríacos, durante a Segunda Guerra Mundial, foram imputadas naturalmente a ambas as nações.

Desde 1943 cogitavam os Aliados que sanções aplicar à Áustria após a vitória final sobre as nações do Eixo. Pensou-se até mesmo em riscá-la do mapa anexando seus territórios a outros países.

Ficou finalmente decidido manter sua existência política, mas sujeita a um período não definido de ocupação. Seu território foi dividido em quatro partes, que foram entregues respectivamente aos Estados Unidos, à Franca, à Inglaterra e à União Soviética. A esta coube a chamada baixa Áustria, a parte mais rica do país, pelos seus campos de petróleo, agricultura e indústrias; e nela se localizava a cidade de Viena.

Embora a Alemanha tivesse muito maior culpa pelas conseqüências da guerra, dois anos após o término do conflito ela já começara a adquirir certa independência e vida própria, ao menos nas partes ocupadas pelos americanos, franceses e ingleses. Foi feita uma reforma monetária, votada uma lei básica do Estado, que até hoje tem os efeitos de uma constituição.

Surgia assim, das cinzas da guerra e separada da parte ocupada pelas tropas russas, a República Federal da Alemanha, que começou logo a mostrar sua pujança e capacidade de recuperação.

Na Áustria, pelo contrário, passavam-se os anos e não lhe era concedida senão uma autonomia muito reduzida.

Os russos apoiaram reivindicações territoriais do ditador comunista da Iugoslávia, Tito, sobre partes do já reduzido território austríaco habitadas por minorias croatas. E também incentivaram, entre 29 de setembro e 6 de outubro de 1950, um putsch comunista em Viena, que visava abocanhar o governo de toda a Áustria.

Além disso era evidente que eles, no clima criado pela chamada Guerra Fria, não tinham intenção alguma de abandonar a parte que ocupavam, do território austríaco, como também não pretendiam desocupar os países bálticos, a Polônia, a Tchecoslováquia, a Hungria, a Romênia, a Bulgária e a Alemanha Oriental.

É sabido que até a mudança de orientação da política comunista, ocorrida por volta do fim da década de 80, no governo de Gorbachev, nunca os comunistas abandonaram um país conquistado ou renunciaram ao domínio de uma região ocupada, a não ser quando obrigados pela força das armas. E mesmo assim após encarniçada resistência como sucedeu por ocasião da guerra civil espanhola de 1936 a 1939, durante a qual o regime republicano e socialista daquela nação ibérica foi notoriamente sustentado por Moscou.

O mesmo conselho da Virgem em duas ocasiões: Fátima – 1917; Mariazell – 1946

Foi em meio a essas sombrias perspectivas quanto ao futuro da Áustria que o Padre capuchinho Petrus Pavlicek, a 2 de fevereiro de 1946, dia de Nossa Senhora das Candeias, depois de pedir as orações de um convento de freiras da cidade de Graz, dirigiu-se ao principal santuário mariano do país, Mariazell, a fim de rezar intensamente diante da imagem milagrosa e pedir luzes para atender às necessidades de seu povo. Em certo momento percebeu, com inteira clareza, que uma voz interior lhe dizia: “Fazei o que eu vos digo e tereis a paz”. Mais tarde terá ele conhecimento de que essas foram as mesmas palavras que Nossa Senhora dissera aos três pastorinhos em Fátima.

Durante um ano inteiro, procurou interpretar o sentido dessas palavras para saber como atender ao pedido de Nossa Senhora. Foi contudo em fevereiro de 1947 que lhe ocorreu a idéia de fundar um movimento de orações, reunindo pessoas que se comprometessem rezar o rosário em horas diferentes, de maneira a haver continuamente, 24 horas por dia, quem estivesse honrando Nossa Senhora, pedindo a conversão dos pecadores, a paz no mundo e especialmente a libertação da Áustria.

Com a autorização de seus superiores, mas sem nenhum apoio financeiro destes, pois a guerra tinha deixado a Ordem dos capuchinhos em difícil situação, passou então a percorrer o país pregando missões naquelas intenções. Conseguiu que o Bispo de Leiria, em Portugal, encomendasse ao mesmo escultor das imagens peregrinas internacionais de Nossa Senhora de Fátima mais uma cópia, a qual, depois de ser introduzida na Áustria através da Suíça, passou a acompanhá-lo sempre.

Em cada cidade ou aldeia que percorria, obtinha sempre maior número de adesões, dando ao movimento o nome de Rosenkranzsühnekreuzzug, (Cruzada Reparadora do Santo Rosário). Para não provocar uma atitude repressiva por parte das autoridades russas, pedia aos participantes da cruzada que rezassem pela paz mundial e pela conversão dos pecadores. Todos, porém, entendiam que tal paz começava pela libertação da Áustria do jugo comunista.

Uma das notas tônicas de suas pregações era o pedido central de Nossa Senhora nas aparições de 1917, a conversão dos pecadores. Insistia muito para que seus ouvintes recebessem o sacramento da penitência. Conta-se que, ao percorrer 11 aldeias da região de Amstetten, ouviu aproximadamente 5.700 confissões. Em outra ocasião, passou literalmente dia e noite no confessionário, num total de 72 horas ininterruptas.

Inúmeros são os casos de conversões de pecadores empedernidos atribuídas ao zelo apostólico do Padre Petrus. Ele possuía um dom todo especial para obter de Deus essa graça, não raro, acompanhado de bastante esperteza.

Assim certa vez, um pobre homem puxava ladeira acima pesado carro de feno. Sem ser visto por causa da quantidade de feno, o humilde capuchinho pôs-se a empurrar o carro. Só quando chegaram em cima percebeu o homem o que se tinha passado e disse: “Agora compreendo por que o carro parecia tão leve.” Padre Petrus tomou isto como pretexto para uma conversa, e ali mesmo ouviu-o em confissão.

Em outra ocasião, ao se preparar para celebrar a Missa numa aldeia, percebeu que dentro da igreja só havia mulheres. Perguntou então onde estavam os homens e as crianças. Responderam-lhe que ali se tinha estabelecido o hábito de estes só entrarem na igreja após o sermão. Já todo paramentado, dirigiu-se então até o portal da igreja e disse: “Ou todos entram, ou eu venho celebrar a Missa aqui fora.” Assim conseguiu quebrar aquele péssimo costume.

A Cruzada domina as bases e, por fim, move as cúpulas

Em setembro de 1948 iniciou o Pe. Petrus, na igreja dos capuchinhos de Viena, os Atos de Devoção Reparadora (Sühneandacht), com Missa, pregações, confissões, bênção de doentes, recitação do terço. Por vezes, duravam tais devoções cinco dias consecutivos. Ele denominou-os Assaltos de oração (Sturmgebete): “A paz é um dom de Deus e não obra de políticos e os dons de Deus obtêm-se com orações”, dizia o missionário. Era preciso conquistar de Deus essa graça como os soldados conquistam uma fortaleza mediante assalto.

Organizou ele procissões com a imagem de Nossa Senhora de Fátima nos dias 13 de cada mês. Estas tomaram um tal vulto que resolveu promover, no dia da Festa do Nome de Maria (12 de setembro) de cada ano, uma grande procissão, convidando todas as paróquias de Viena a dela participarem.

Essa festa havia sido instituída em 1683 pelo Papa Inocêncio XI, para que toda a Cristandade assim comemorasse a intervenção da Santíssima Virgem para a obtenção da vitória dos exércitos católicos, sobre os turcos, que naquele ano cercavam Viena. A data era muito simbólica: duas grandes ameaças para a Cristandade: a muçulmana e a comunista. Só a Virgem Santíssima poderia obter esses triunfos.

Não somente o povo devia participar de tais movimentos, mas também seus representantes oficiais. Assim, em 1948 o Padre Petrus escreveu ao Cardeal Innitzer, de Viena, convidando-o a participar das procissões, o que certamente impressionaria muito o povo. Este, durante algum tempo, negou-se a tomar parte naquela manifestação de Fé. Ele já tinha sido contrário à vinda da imagem de Nossa Senhora de Fátima à igreja dos capuchinhos alegando que naquele templo já havia outra imagem e que “Nossa Senhora é uma só”. Padre Petrus foi então à catedral de Viena e lá contou 35 diferentes representações da Santíssima Virgem. Com isso, conseguiu fazer cessar tal oposição.

Mais tarde, pressionado pelo êxito obtido pelo movimento, o Purpurado sentiu-se obrigado a participar da procissão.

O primeiro ministro Leopold Figl recebeu também uma carta convidando-o a se associar às orações e a participar das grandes procissões. Neste caso não foi necessário maior insistência. Em todas as grandes ocasiões, comparecia ele com outros membros de seu gabinete de vela e terço na mão. Por ocasião do primeiro convite e diante da resposta negativa do Cardeal, respondeu Leopold Figl ao Padre Petrus: “Mesmo que só nos dois estejamos presentes, eu irei, minha Pátria o exige!”

Em 1953, Julius Raab sucedeu a Leopold Figl no cargo de primeiro ministro e também se uniu aos esforços do religioso capuchinho tomando oficialmente parte nas grandes procissões.

O movimento ia crescendo sempre de maneira surpreendente, atingindo a Áustria inteira e transbordando para a Alemanha e a Suíça. Até 1955 mais de 500 mil austríacos (o país teria na época cerca de cinco milhões de habitantes) haviam-se comprometido a participar daquele imenso clamor de orações que, dia e noite, subiam aos Céus, rogando a Deus, por intercessão de Nossa Senhora de Fátima, pela libertação da Áustria, a conversão dos pecadores e a paz mundial. O número das pessoas que participavam das procissões e dos Assaltos de orações era ainda muito maior.

Durante todo esse tempo, desenvolviam-se em Londres as conferências de paz entre representantes das nações vencedoras e uma delegação austríaca. Realizaram-se 260 reuniões em oito anos, sem que nada de concreto para a desocupação da Áustria ficasse resolvido.

A Guerra Fria intensificava-se cada vez mais e o comunismo requintava seus métodos de perseguição religiosa nos países ocupados.

Parecia que Deus queria provar a confiança daqueles que tanto pediam a libertação de seu país.

Milagre de Nossa Senhora de Fátima salva Áustria

Provada a confiança, a graça foi concedida. No dia 24 de março de 1955, os governantes soviéticos convidaram os austríacos para uma conferência em Moscou. Antes de partir, o primeiro ministro Julius Raab pediu ao sacerdote: “Por favor, reze, faça seus fiéis rezarem mais do que nunca”, pois ele pressentia que ali se decidiria o futuro da nação.

Após rápidas conversações, o impossível acontece.

Inesperadamente, ainda no transcurso do mês de abril, o regime de Moscou anunciou a determinação de, num curto espaço de tempo – três meses apenas -, retirar todas as suas tropas. No dia 15 de maio, representantes das quatro potências ocupantes assinaram em Viena o Tratado de independência definitiva do país.

A Áustria estava finalmente livre da ocupação e, mais importante do que tudo, da ocupação soviética. Caso único na história do comunismo até então e por muitos anos mais.

No dia 26 de outubro de 1955, o último soldado das tropas de ocupação deixou o solo austríaco, o que na Alemanha só se deu em 1995.

Antes mesmo que isso sucedesse, foi organizada em Viena, no dia 12 de setembro, uma grande procissão “aux flambeaux” em homenagem a Nossa Senhora de Fátima, da qual participou enorme multidão e inúmeras personalidades da vida pública.

O primeiro ministro pronunciou um discurso, no qual reconhecia a importância que o movimento do Padre Petrus desempenhara no desenrolar dos acontecimentos. E terminou com estas palavras: “Hoje queremos nós, que temos o coração cheio de fé, enviar ao Céu uma oração alegre e essa oração nós a encerramos com estas palavras: Nós estamos livres, Maria nós Te agradecemos.”

Dados biográficos do apóstolo mariano

Nasceu o Padre Petrus Pavlicek em 6 de janeiro de 1902, em Innsbruck-Wilten, no Tirol. Seu pai, Augustin Pavlicek, era oficial dos exércitos imperiais. Sua mãe, Gabriele Alscher, era filha de um comerciante. Ambos procediam da Morávia. Sentiu-se desde jovem atraído pela vocação religiosa, mas afastou-se da fé durante alguns anos de sua juventude.

Em 1935, no decurso de uma grave doença, recebeu a graça da conversão, retomando o propósito de abraçar a vida religiosa. Entrou, por conselho da vidente alemã Theresa Neumann, para a Ordem dos capuchinhos, ramo da Ordem Franciscana. Foi ordenado em 14 de dezembro de 1941. Recrutado durante a Segunda Guerra Mundial para os serviços de saúde do exército alemão, no qual se destacou por sua dedicação.

Sendo aprisionado pelos Aliados em 15 de agosto de 1944, ganhou a confiança dos comandantes dos campos onde esteve na França, exercendo seu ministério como capelão dos prisioneiros. Em 16 de julho de 1945, festa de Nossa Senhora do Carmo, foi libertado e voltou para a Áustria, onde pouco depois veio a fundar a Cruzada Reparadora do Santo Rosário, obra à qual dedicou todo o resto de sua vida.

Faleceu em 14 de dezembro de 1982, sendo tido por todos que o conheceram como homem de muita fé, grande piedade e exemplar devoção mariana.

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Matéria original extraída do site http://www.catolicismo.com.br/materia/materia.cfm/idmat/88E8AE12-3048-560B-1C0B326883DC3CAF/mes/Maio1998

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